sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Morais Cunha - Salvador

Antes de comecar o segundo capitulo desta novela tenho que fazer uma pequena correcao no primeiro capitulo: O Lampiao e Maria Jose ja tinham acampado no apartamento dos Batistas quando nos chegamos la no incio de Novembro de 1975.

SALVADOR
Foram 4 anos de prazer e alegria em Salvador. Boa companhia do Angelo Batista e Maria Luis, Sergio Trino e Lourdes, Jose Luis Pocas e Fernanda Benites, Jorge Lampiao e Maria Jose Benites, Carlos Varela e Ana Maria e mais tarde a Maria Joao Couto Pereira. O clima era bom, o povo super generoso e amigo de criancas como nunca vi igual, a praia de agua quentinha e cheia de vendedores de cerveja, sorvete, espetinho de carne, agua de coco e os famosos acarajes.                     (espaco deixado em branco de proposito para que alguem prestigie o esforco do Grave e do Luis Mourao em criar esta ferramenta e entre neste espaco e acrescente a receita e uma descricao do que eh um acaraje). Falando em comida nao pudemos esquecer o Bobo de Camarao e a Moqueca de Siri Mole. Yami!!!!


Salvador em 1975 nao tem nada a ver com a cidade que hoje existe pelo que eu tenho visto por fotografias ja que a ultima vez que estive la foi em 1984. O governo aprovou a construcao de um enorme polo petroquimico e tecnicos principalmente de Sao Paulo e Rio de Janeiro invadiram a cidade. Era digno de ver a cara de repugnancia das madames Paulistas quando iam as feiras de rua comprar frutas, verduras e peixe! As feiras de rua de Sao Paulo sao espetaculares. Uma variedade, quantidade e qualidade melhor do que qualquer super-mercado. Em compensacao na Bahia as frutas e verduras eram do pior e entao o peixe tinha enxames de moscas pousadas em cima! Em poucos meses encontramos a solucao. Um pescador idoso que saia de madrugada na sua jangada para pescar na praia da Pituba, voltava no inicio da tarde e acampava no passeio em frente a uma pequena lojita para vender a pescaria do dia. Usava a balanca da loja para pesar o peixe.

Outro facto interessante eram as nossa excursoes a Praia do Forte a uns 40 kilometros Norte de Salvador. Hoje existem la hoteis da melhor qualidade e auto-estrada de acesso. Nesse tempo, os ultimos kilometros eram em estrada de terra batida e travessia de um rio numa balsa onde cabiam dois carros de cada vez. A balsa era puxado de um lado para o outro com o auxilio de uma corda havendo um homem na balsa que ajudava a manter a rota da empurrando um pau contro o fundo do rio. Depois de chuvas mais fortes a balsa nao funcionava porque a correntesa do rio era muito forte para o homen do pau!

Temos tambem boas recordacoes dos ralis (de contas) em que participamos. Principalmente do ultimo em que dados os bons resultados que tinhamos conseguido nos ralis anteriores fomos tratados como principes pela Fiat. Foi o ano do lancamento da Fiat no Brasil e quando falamos com a concessionaria da Bahia pedindo que nos emprestassem tres carros (Fiat 147) para participarmos como um team, eles nos surpreenderam dizendo que so concordavam se o gerente participasse tambem da nossa equipa com um quarto carro. Sexta-feira a tarde fomos todos (Lampiao, eu, Angelo, Pocas, Varela e um outro amigo brasileiro), mais o carro do gerente a caminho de Ilheus, Sul da Bahia. Ficamos com tres dos cinco primeiros premios do rali! Os da concessionaria nao cabiam em si de satisfacao. Como parte da negociacao da nossa participacao no rali eles ja tinham concordado em pagar a passagem de aviao para as nossa esposas para Ilheus no Sabado. Foi a maior festa, tudo pago pela Fiat. Mas eles tambem se sairam bem. No dia seguinte havia uma pagina inteira do jornal de Salvador com fotografias dos nossos (deles) carros elogiando a excelente performance da nova marca de carro sendo lancada no Brasil.

Mas tudo o que eh bom tambem termina, e em 1979 a empresa onde trabalhava transferiu-me para Sao Paulo. Nessa ocasiao ja tinhamos um filho bahiano, Felipe, os Batistas tinham um segundo miudo, Pedro Bruno e os Varela tambem tinham um rapagao, o Carlitos. Bem que dizem que na Bahia so da "cabra macho"!
Morais Cunha

1 comentário:

  1. Se o Zecão Frazinha soubesse dessa corrida, ele ganhava decerteza com o seu Volvo!

    Eheheheheh

    Estava a brincar!

    Jorge, o Grave

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