Corria o ano de 1973. Desta vez sem enganos. Num dos poisos da nossa viagem de fim de curso, ficamos no recentemente inaugurado hotel Ariston (não esquecer que tinham terminado os Jogos Olímpicos). Recebemos do governo alemão uns tantos marcolinos para os nossos gastos, visitamos a Fábrica de Motores da Baviera - Bayerische Motoren Werke - BMW, onde almoçamos e onde nos surpreendeu a visita ao museu para vermos o BMW 1602 Schnitzer que o Remígio queria comprar, a mota de cilindros horizontais e um BMW de porta à frente, o Isetta, que era oferecido aos que atingiam uma certa média na formação universitária. Fomos também visitar o Estádio Olímpico, com aquela bela cobertura de acrílico.
Á esquerda a torre Olímpica, com o restaurante rotativo e ao fundo a fábrica da BMW |
Chegamos de metro e eu comprei os bilhetes de todos, um décimo do que deveria ser e se viesse o trinca era a mim que se dirigia, se aparecesse antes de chegarmos ao "nächstststationolimpiacentrum". No dia seguinte fomos ao museu da tecnologia de Munique, que ficava numa ilha e para os mais esquecidos deixo-vos o papel que nos deram à entrada. Ah, pois é, já lá vão 37 anos e ainda o tenho guardado!
Numa das noites, no centro de Munique fomos à fábrica da cerveja Hofbrauhaus, que tem um restaurante para mais de mil pessoas, fundado em 1589 , destruido durante a guerra e reconstruído em 1958, com bancos e mesas de madeira corridos.
Ficamos todos numa mesa e as gigantes mulheres da Baviera em cada mão seguravam uma stein de um litro de cerveja (aquilo era quase só espuma...) e atiravam-nas mesa abaixo e cada um tinha que a apanhar a meio caminho. A orquestra, de tipos de suspensórios, meias brancas até ao joelho, calçanitos e muito acordeon, embalou-nos até à quinta stein, entermeadas com umas "kartoffels und wurst" para todos (só havia batatas com salsichas). Lembro-me de um de nós querer ir ao palco em frente aos músicos (eles actuavam num rectângulo rodeado por muros de madeira) para fazer uma dança típica de tocar com as mãos nos pés, cabeça, cotovelos etc, numa sequência que uma pessoa normal não conseguia quanto mais a quem já tinha umas stein na atafona ... Quando éramos convidados a beber de penalty, a orquestra tocava e a malta TODA cantava: "Eins, zwei, ...g'suffa!" E era o bota abaixo! Ver o video do YouTube anexo a este blogue
Num dos dias sem actividades oficiais programadas, o nosso próximo homenageado tirou esta foto com história pois alugaram um fuscas para se deslocarem às terras do tirol, mais própriamente a Innsbruck.
No carro, além do fotógrafo Joaquim Coelho da Graça, foram o António Mangueira, o saudoso José Baptista, o Manuel Remígio (que religiosamente guarda o original e peça única) e o Luís Mourão.
Penso que a foto foi tirada depois de verem as grandes mulheres do Tirol, tipo 4x4 e, ficaram tão excitados que tiveram que se esconder por trás do carochinha.
Este é o mistério da foto.
Jorge, "o Grave"
Valeu Mangueira, valeu Remígeo, valeu Batista, meu irmão!
ResponderEliminarO tempo parou, e todos vocês ocupam um lugar especial no meu coração!