segunda-feira, 30 de agosto de 2010

ALMOÇOS de 2007 e 2008 (?)

Caros Amigos, fui ao blogue do Jorge Grave e retirei estas fotos, que publico neste blogue, em que aparece um grupo no almoço dos EGUA-UL, de 2007, reduzido e um grupo mais alargado de 2008. Quem esteve ou não, que tente identificar os colegas....Recordar é viver!!! - Um abraço - M. Cabral
2007



Da esquerda para a direita:
1 - Américo Morais Cunha
2 - Manuel Cabral
3 - Dâmaso Lopes
4 - Jorge Grave
5 - Luís Mourão
6 - Jorge Pamiés Teixeira - "Careca"  (e filho)
7 - Carlos Tavares - "Cat"
8 - José Augusto Machado - "Tátá"



2008


Da esquerda para a direita:
1º fila - de pé -
1 -
2 - António Militão
3 -
4 -Fernando José Bastos
5 -Joaquim Braga dos Santos
6 -
7 -Carlos Tavares
8 -
9 - Edgar Pacheco
2ª fila - do meio - sentados                                                                  
10 -
11 -
12 - Brito Cardoso
13 - Manuel Cabral
14 -
15 -
3ª fila - à frente  e sentados
16-   Barracas -
17 -
18 - Gonçalves Coelho
19 - Mário Ventim Neves
20 -
21 - António Monteiro Pereira - "Cândido"
22 -
23 - José Augusto Machado - "Tátá"



sábado, 28 de agosto de 2010

BRASIL- Para todos os que lá "labutaram"....

Amigos, em jeito de homenagem, depois de ter lido um artigo, sobre o Brasil-S.Paulo, na revista da CGD, ocorreu-me publicar o mesmo neste blogue. Foram muitos os colegas que foram ajudados e ajudaram, este grandioso e maravilhoso país tropical. Depois de obterem a sua formação em Angola, foram devido à conjuntura do PREC, cá em Portugal, em aventura e para reconstruirem as suas vidas, para S.Paulo, RJ e outros lugares. Cito alguns dos que conheço: Brito Cardoso, Dâmaso, Mourão,Órvil Russo, Morais Cunha, Raul, José Grave, Maria José Benites e Varela Pinto. Como já referi numa crónica estive em casa do José Grave, no RJ e na do Brito Cardoso, em S.Paulo, em 1977. Devem ter ficado com muitas saudades daquele imenso país e com raízes, caso do Dâmaso e do Mourão, pelo menos. Das crónicas do Mourão/Dâmaso e do Morais Cunha, já temos relatos. De outros colegas, não mais soubémos deles: Valor Gonçalves, Meireles, por exemplo. Um abraço para todos - Mendes Cabral.





A única vez que fui ao Brasil, em 1977, ao RJ( foto reproduzida) e a S. Paulo, sem direito a foto.


Sonho

Meus Amigos

Na falta do que fazer, decidi contar-vos um sonho que tive, alguns dias atrás, e que não sai da minha cabeça, porque pode ser indício de coisa grave ("grave", e não "Grave"! Não confunda "cú" com "bunda").

Foi assim:

O Papa estava na minha casa, e eu andava me passeando com aquele bastão dele (acho que chama "báculo", ou qualquer coisa assim).

De repente me lembrei de ir em casa de umas vizinhas espanholas que eu tenho, e perguntei:

- Vocês querem ir ver o Papa?
- E onde está o Papa?
- Está lá na minha casa!
- Ah, agora não dá, porque estamos terminando de preparar o almoço!

E acordei.

Como talvez, entre as "visitas", haja algum psiquiatra, poderia fazer a gentileza de dar o seu parecer sobre as causas do sonho, e possíveis desenvolvimentos futuros.

Devagar e Sempre

Dominus Bobiscus (?) !!!

Guaiamum

Recordar

Para o pessoal que terminou em 1972.
Encontrei co'pia do "selo" dos finalistas desse ano, que podem ver a seguir.
Martinho Ramos

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

RECORDAR É VIVER - 1973

Amigos procurando nos arquivos, desencantei um folheto de promoção aos passeios do lago Léman em Geneve. Já publiquei uma foto com o Ismael Andrade, a bordo de um destes barcos turísticos.

Mas também localizei o programa para os 3 cursos, das visitas organizadas pelo COI, de sua majestada. Estão os dias das visitas, locais e instituição a visitar. Quem tiver episódios passados a relatar, que usem este espaço par fazerem os vossos comentários: Um abraço a todos - M. Cabral
Será que o Grave, informático, dá um melhor arranjo na colocação das páginas? Aguardemos e desde já o meu obrigado!

Finalistas de Engenharia 1972-73

Graças ao nosso colega de electrotecnia, Edgar Pacheco, permito-me a colocação do nosso selo - "logo" de finalistas de 72-73. Obrigado Edgar. Um abraço a todos  - Cabral
Foi o culminar da jornada iniciada com o selo da recepção ao caloiro, guardado religiosamente pelo Martinho C. Ramos de 1968 e já colocado também neste blogue.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Reacções à visita de Dom Graça e Dom Maneco

Dos emails trocados, eis a compilação de mais uma jornada épica, sob a batuta do incansável Dom Raul

  Caro Raúl



A todos os presentes e “ausentes…” do jantar.


Agradeço a oportunidade que me foi proporcionada para reencontrar amigos e colegas de longa data.
Fizeram-me reviver a alegria de muitas horas passadas no passado que nos transformou na “irmandade” que fomos e que eventualmente ainda somos em múltiplos aspectos.


Uma vez mais tomei consciência de que pertencemos a uma geração fraterna, de gente com valores, que o tempo não conseguiu destruir e foi muito bom recordar muitos detalhes de fisionomia, personalidade e comunicação de cada um dos presentes.


Guardo bem presente o reviver das histórias passadas e as conversas tidas com cada um dos presentes, sendo surpreendente a forma física e mental da “rapaziada”.


Acho que estão todos em boa forma para programarem em breve um encontro em Angola, com eventuais deslocações às províncias que forem seleccionadas, Benguela, Lubango e Namibe, obrigatoriamente.


Acreditem que este “reviver do passado” passa pela realização dessa viagem a Angola e certamente que com a organização e antecipação devida, teriam todo o apoio dos que por aqui permanecem. Seria um encontro memorável visitando os lugares que mais marcaram e marcam a vossa “saudade” dos velhos tempos e quem sabe descobrir também a “saudade” do futuro.


É quase imperativo fazê-lo enquanto há energia e lucidez para se desfrutar de tudo quanto uma viagem e reencontro desse tipo proporcionam.


Aguardo seriamente os vossos palpites, com a certeza de que seria para os que nunca mais cá voltaram o cumprimento de um sonho... ou talvez melhor o fim de um pesadelo.


Um forte Abraço

Joaquim Graça


Graça e Maneco,


Foi com grande contentamento e uma agradável surpresa que voltei a revê-los, bem como aos amigos Barracas, Edgar Pacheco e Álvaro Antunes (Pom Pom), e ter sido assim possível juntar mais alguns “velhos colegas”, passados quase quarenta anos, desde os tempos da Universidade em Luanda.

Um abraço,
Raul



Caro Graça,

Acho boa ideia essa da viagem a Angola. Sugestão: por altura do 50º aniversário da criaçao dos EGUA. Creio que a criação (ou o inicio das aulas) foi em 1963.

Um grande abraço

Martinho



Hello Caro Lobitanga


Fiquei com pena de não poder participar mas felizmente estou em contra ciclo ampliando a fábrica com tempos muito reduzidos o que me obriga a viagens não planeadas o que foi o caso.


Não obstante este imprevisto estamos nessa onda alicerçada pelo empenho do Raul, mas alimentada pelo tal cimento de fraternidade que fomos capazes de construir e que é tão difícil de ser compreendido pelos demais.


Estou com a tua proposta……

Um abraço


Russo

Raul



Obrigado pelas fotos e pelo convívio proporcionado.
Foi um prazer.
Qual o endereço do site?


Um abraço


Alvaro

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Quem comenta as nossas crónicas?

Como disse, as pessoas vão ler as nossas crónicas e, se não querem colaborar  com crónicas próprias ou com qualquer artigo, qualquer coisa que nos mantenha sempre unidos e online, pelo menos poderiam colocar um comentário, umas linhas simples de incentivo a quem dá a cara.

Enviar um comentário

No fim do artigo publicado por uma pessoa qualquer, aparece "0 Comentários", quer dizer que ainda ninguém comentou esse artigo. Clicar na palavra "Comentários" e aparece uma janela para se escrever o que quisermos em word e no fim, convinha assinar, né!!!!!. Conferimos se não tem erros e carregamos na janela "enviar comentário".
Depois, por vezes perguntam com que conta queremos enviar o comentário e dão umas poucas à escolha. Normamente temos conta no Google, e usam essa conta , a vossa normal (email e password). 
Para as pessoas a quem enviei a password do mail devagaresempre2010@gmail.com, se estiverem com a sessão aberta, é escrever directo e não perguntam nada.
Às vezes pedem para repetir uma série de letras antes de aceitar o envio do comentário. Simples!
Experimentem mandar um comentário a um artigo qualquer! Aceitam o desafio?

Acesso ao blogue

Cheguei à conclusão que muita gente nem tentor o acesso ao blogue. Nada mais simples! Escrevem na janela superior da janela com que abrem o vosso mail (gogglle ou outro qualquer)  as palavras devagaresempre2010.blogspot.com  e fazem enter. Aparace o nosso blogue. Naveguem À vontade e leiam o que escolherem. Experimentem ler  um artigo qualquer! Aceitam o desafio?


Que artigos foram comentados e quantas vezes?

Nós, seres humanos racionais seguimos o que é recente, nos jornais lemos só a primeira página, nos escap+arates das revistas só vemos as capas e nos blogues só lemos os últimos artigos.
Para sabermos se artigos antigos foram comentados, vamos à janela "editar mensagens" e clicamos. Aparecem todas as mensagens e todos os comentários. Podemos ler os comentários que nos interessarem.
Depois, carragar em "ver blogue" e estão de novo na página principal, onde está o último artigo que foi escrito.Experimentem ler um comentário  qualquer! Aceitam o desafio?

Votos de boa navegação  e digam-me se não foi óptimo ter aceite o  meu ... desafio!!!


Um abraço do tamanho do mundo , dado bem devagar e ... sempre!

Jorge, o Grave

Tá demais !!!!!

1. Vais ter relações sexuais? O governo dá-te preservativos!

2. Já tiveste? O governo dá-te a pílula do dia seguinte!

3. Engravidaste? O governo dá-te o aborto!

4. Tiveste filho? O governo dá-te o Abono Família!

5. Estás desempregado? O governo dá-te o Subsídio de Desemprego!

6. És drogado? O governo dá-te seringas!

7. Não gostas de trabalhar? O governo dá-te o Rendimento Mínimo

8. Foste preso e agora puseram-te cá fora? O governo dá-te o subsídio de Reinserção Social


Agora experimenta... ESTUDAR; TRABALHAR; PRODUZIR e ANDAR NA LINHA, e verás
o que é que te acontece !

VAIS GANHAR UMA "BOLSA" DE IMPOSTOS NUNCA VISTA EM QUALQUER OUTRO LUGAR DO MUNDO!!!

Para os chineses, 2009 foi o ano do BOI e este ano é o do TIGRE.

Felizes são eles que, a cada ano, trocam de animal.

Nós estamos há 5 anos com o mesmo  ... !!!...

Jorge, o Grave

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Garraidas 1970-1972 (foram estas as datas?)

Caros Colegas e Amigos,
Se voces sao como eu e outros colegas com quem falei, estamos ADORANDO recordar ou saber pela primeira vez sobre acontecimentos que se passaram com amigos nossos. Vamos tentar mais uma opçao de recordar acontecimentos passados. Gostaria de comecar com as Garraiadas da famosa Semana de Recepçao ao Caloiro. POR FAVOR acrescentem o que voces se lembram seja por terem estado dentro ou fora da arena.
Como o Grave descreveu num dos primeiros artigos neste blog, cada um de voces pode entrar num texto que alguem iniciou, neste caso Garraiadas 1970 - 1972, e acrescentar/corrigir alguns dos factos descritos.



Garraidas 1970-1972 (foram estas as datas?)

- Creio que me lembro que quem foi contratar os "touros" para a garraida teve que fugir para cima do jeep na hora de escolher os touros no meio da manada. Esclareçam e acrescentem detalhes.

- Lembram-se quando no incio de uma das garraidas, e com o grupo musical da "Casa dos Rapazes" ainda na arena, soltaram um bode que investiu em cima deles? Se a memoria nao me atraiçoa, tivemos que pagar um dos bombos que foi destruido pelo bode.


- E quando soltaram dois touros, uma dentro na arena e outro no anel de proteçao? Policias, bombeiros e todos os demais saltavam para dentro e para fora da arena perante as gargalhadas gerais do publico pagante.


- Eu e o Tata Machado participamos de uma das garraidas vestidos de bebes. Pegamos um carrinho de mao, enfeitamos como carro de bebe, e um empurrava o carro enquanto o outro ia sentado dentro. A certo ponto o touro veio na nossa direçao e eu que estava a empurrar o carro, protegia-me do touro virando o carro na direçao dele para grande panico do Machado ja que ele estava sentado nessa ponta! (eu insisto em chamar touro em vez de garraio porque quando se esta la dentro da arena eles parecem maiores que os Tiranossauros do que o Luis Mourao fala!!!!!!!)

- Quem foram os participantes da garraiada que levaram um pendulo grande com um artista em cada ponta e quando o touro ia na direçao de um deles, ele dava um impulso para cima e o outro colega baixava do outro lado do pendulo?


- Lembram-se quando os de medicina montaram como se fosse um quarto de hospital, com as paredes feitas de papel e dentro tinham o paciente na cama, medico, enfermeiras, e ate um padre? Depois, um deles que estava fora do quarto, quando o touro foi atras dele, correu na direçao do quarto, rebentou com as paredes de papel e deixou todo o grupo a mostra para o touro? Se alguem se lembra quem participou por favor complete a historia.


- Houve tambem um jogo de futebol, com o touro presente, entre os finalistas e reporteres da Emissora Catolica, se nao me engano do programa Luanda 69.


Aguardamos ansiosamente a participaçao de outros colegas em nos ajudar a todos a re-lembrar esses bons tempos.

RECORDAR É VIVER


Morais Cunha

Ele há bairros e bairros!

Esta é uma cortesia encapotada dum envergonhado exilado para as bandas de Sines, a quem forneci o boletim metereológico para saber quando poderia colocar os tin-tins de molho sem esfriar muito a moleirinha.
Ele mandou e eu publico, com todo o gosto.

Se apanhar este autocarro, para onde vai parar?

"Puta Que Pariu" existe, e dá para a gente ir de ônibus!!!
Agora, quando alguém nos disser:
 - Vá pra "Puta Que  Pariu", não vai ter mais problema, pois porque o lugar existe... e dá até pra gente ir de ônibus!

Só no Brasil mesmo...

Fica na cidade de Bela Vista de Minas.... Perto de Joao Monlevade. Minas Gerais!!!

Bela Vista, uma cidadezinha cercada de mato no interior de Minas Gerais, claro no Brasil e, uma grande surpresa. Um dos bairros tem o nome de Puta Que Pariu! Acredite se quiser!



O município de Bela Vista de Minas foi criado pela Lei nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, desmembrando do município de Nova Era (New Era City), declarando naquele momento, às margens do Corrego do Onça a Independência de Bela Vista de Minas.

A cidade é divida em 7 bairros, Bela Vista de Cima, Lages, Serrinha, Córrego Fundo, Favela, Puta Que Pariu  e Boca das Cobras (A Europa de Bela Vista).



http://www.guiadosmunicipios.com.br/mg/Bela%20Vista%20de%20Minas/

Podem pesquisar é fato verdadeiro!!!!!!!
Já imaginaram o padre da paróquia dizer que vai celebrar uma missa na Puta Que Pariu?!

QUEM NASCE EM PUTA QUE PARIU???? É FILHO DE QUEM ? ....

(LM)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

1977-1978: Crónica de uma tragédia - MANUEL CABRAL

Numa visita feita a uma fazenda chamada Muinge, junto ao Rio Longa, perto do Calulo, tive a oportunidade de ser testemunha de uma aventura, que mais tarde acabou em morte de duas pessoas, mãe e filho mais novo.



Passo a relatar: fui acompanhar um amigo, José Araújo, filho de um grande amigo de meu pai, que teve a 2.ª licença de alvará de talhos em Angola – Luanda, junto ao Banco de Angola e perto também do que viria a ser o edifício do BCA, onde estava instalada a Cabinda Gulf. Ele tinha 4 talhos o que significava, ter eu o privilégio de comer bifes de lombinho de vitela que eu próprio confeccionava, acompanhados por um arroz branco, que foi do pouco que aprendi, como cozinheiro. Além da minha facilidade em ser abastecido, sendo a carne um artigo de luxo e escasso, o meu amigo estabeleceu contactos privilegiados com membros do governo, através das respectivas companheiras, nomeadamente o ministro da defesa Iko Carreira, que lhe permitiam ter artigos só acessíveis pelo corpo diplomático, como um piano, aparelhagem de última geração, um Ford Camaro Z 28 (novo), que cheguei a conduzir na Ilha de Luanda, além de um Ford Mustang, mais antigo.


Na altura ainda tentei convencer o Joaquim Graça, a arranjar-nos 3 camiões para se ir buscar gado para abate à referida fazenda. Ele devido à conjuntura difícil, não conseguiu arranjar qualquer viatura. O problema foi resolvido. Viajámos num “carocha”, todo o terreno e lá chegámos à fazenda, após atravessarmos umas 4 ou 5 cancelas, pois a propriedade parecia um kibutz, vedada, em coroas mais ou menos concêntricas. Chegámos quase à noite, mas deu para ver ainda uma casa tipo colonial com um alpendre em todo o comprimento, com troféus de caça pendurados e uma vivenda do mais moderno e confortável que era possível imaginar em pleno mato!


O proprietário, Franz Hubert Bickmann, tinha ido para Angola com os pais com 2 anos de idade e na altura tinha 52 anos. Homem magro e alto, produtor de café, criador de gado, transformador de produtos lácteos, como queijo e manteiga, além de produtos de salsicharia. A fazenda tinha mais de 8 kms de extensão e era atravessada pelo rio Longa, o que lhe permitia também ter peixe! Era aquela distância de Luanda, quase auto-suficiente! Dizia-se que o Mabílio de Albuquerque estava 29 dias na capital, nas boites e 1 dia na fazenda e o Franz, era o contrário. Só ia a Luanda para trazer arroz e açúcar e alguns outros géneros alimentares e medicamentos para a família e trabalhadores.


O senhor tinha 3 filhos, um rapaz mais velho, que tinha ido para a Guérin, no Brasil, um mais novo, o benjamim e seguidor do empreendedorismo do pai, que havia tirado o curso de agro-pecuária na Rodésia, uma filha mais nova, que estudava na Alemanha e a mulher. Na fazenda vivia ele a mulher e o filho mais novo, à data da nossa visita.


O filho tinha ido ao Calulo para se abastecer de gasóleo, em tambores de 200 litros, tendo sido acompanhado por uma portuguesa, ligada aos laboratórios BASF.


Estávamos já noite à espera para jantar e eles não apareciam. Foi quando ele decidiu pôr-se a caminho numa Auflinger, que parecia um Unimog em miniatura, por aquelas picadas fora. Acompanhámo-lo e eis que chegados a um posto de controlo das OPA (milícias armadas, incluindo miúdos de 11 – 12 anos), nos disseram que eles já lá tinham estado carregados com os tambores de gasóleo, mas como não tinham deixado nenhum com eles, tinham regressado ao Calulo, para o assunto ser decidido pelas autoridades locais! Ele Franz falava em plena noite como um grande soba, em umbundo, que dominava, insultando aquele pessoal armado, mas sem qualquer medo! Toda uma comunidade dependia dele, a nível de abastecimentos e protecção na saúde. Era o maior empregador da zona e convivia com eles com uma autoridade, que eu jamais vira na minha vida.


Entretanto preparávamo-nos para seguir para o Calulo, quando eles aparecem o filho e a companheira, com a GMC e os tambores de gasóleo, tal como tinham vindo da primeira vez. Estabeleceu-se uma grande discussão de novo, mas eles acataram a autoridade do “mais velho” Franz e lá nos deixaram regressar à fazenda.


Ouvimos todo o relato à hora do jantar e lá fomos dormir descansados. No dia seguinte, o pequeno-almoço mais parecia um baptizado, com tudo, como é costume à alemã. Nem em turismo de habitação em Dusseldorf, em 1989, vi tal fartura de mesa!


Passado o repasto, lá fomos assistir à carga do gado nos camiões, com o filho do Sr. Franz, através de uma manga e de uma rampa e com um bastão eléctrico a conduzir o gado.


Regressámos a Luanda e meses mais tarde soubemos da trágica notícia. Talvez resultado daquela noite de confrontação verbal, um grupo de marginais, foi à fazenda e assassinou a mãe e o filho, tendo o Pai escapado por não estar presente naquela hora fatídica. Foi-nos depois contado que quando regressou à fazenda o Sr Franz, moveu uma perseguição aos assassinos, mas que não resultou em pleno. Ainda terá ferido um dos foragidos, que seriam 3. De notar que o Sr. Franz, além de fazendeiro, era também caçador, com imensos troféus, desde peles de leopardos, a patas de elefante e a cabeças de outra caça grossa.


Passados poucos meses, os bandidos foram capturados, foram postos numa praça pública do Calulo e foram fuzilados, em presença do Sr. Franz.


Entretanto foi para a Alemanha, ter com a filha e recuperar psicologicamente. Teve entrevistas para a televisão e relato dos acontecimentos na revista Stern e mais tarde voltou a casar, regressando a Angola e ficou com uma casa, tipo palacete, no bairro Miramar, perto do cemitério velho. O Agostinho Neto, o Iko Carreira, davam-lhe todas as mordomias possíveis, para o cativar, pois ele era um elemento fundamental, na agro-pecuária da região, pois apesar de ser um auto-didacta, sabia mais que muitos catedráticos. Tudo o que tinha estava investido em Angola. A casa tipo palacete da “casa branca”, ficou mais tarde para o ministro da defesa Iko Carreira. Deram-lhe bastante dinheiro para transferir para a Alemanha e não sei mais o que se terá passado, pois regressei a Portugal, em Dezembro de 1978.


Um pormenor que não deixa de ser relevante. Já na altura ele tinha adoptado uma criança negra, com 2 anos de idade, a que deu o nome de Maxmiliem!!!!


Um abraço a todos e até à proxima crónica (regresso a Portugal)

sábado, 21 de agosto de 2010

Jantar do Maneco & Graça

Estou vendo que o regabofe foi do balacubaco! Estou vendo também que o Bastos e o Remígeo já podem tirar cartão de efectivos! O Barracas "Velho-de-Guerra", acho que ainda tem que comparecer a mais uma homenagem, até poder ser considerado efetivo! "Dom Pompas", "Dongala" e "Maneco", poderiam ser nossos correspondentes no exterior. Que vocês acham?
No meio do jantar eu enviei uma mensagem sentida a "Dom Sussa", em nome do duo "Sai-de-Baixo", espero que ele não tenha se engasgado ao lê-la para vocês!
O próximo homenageado, eu acho que sim, só pode ser o irreverente Roncón! Que venha ele!!

Abração de Urso

Devagar e Sempre

LM

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

20Ago2010 - Jantar de homenagem ao Graça

Caros amigos
Foi uma romagem de saudade a homenagem ao Joaquim da Graça pois reuniu também o Duarte Barracas e o Maneco, acabadinho de chegar de Macau e foi ter primeiro com a sua "família", que somos nós.


Novos nestas nossas andanças estiveram o Pompom, também chegadinho de fresco de Angola e o Edgar  Pacheco.
O rodízio estava de enfartar brutos mas o convívio foi de 5 estrelas.
Mais fotos do acontecimento estão em

 http://belograve.spaces.live.com


Já agora, quem será o próximo homenageado?
Aceitam-se apostas. Eu tenho um palpite no Roncon do bridge ... eheheh.




Um abraço do  Jorge, o Grave

PS- Quando chegarem as fotos do Raul, onde devo estar também, vou "roubar" algumas para o meu blogue das fotos, porque senão não acreditam que também estive presente...  Obrigado Raul!!

Morais Cunha - Salvador

Antes de comecar o segundo capitulo desta novela tenho que fazer uma pequena correcao no primeiro capitulo: O Lampiao e Maria Jose ja tinham acampado no apartamento dos Batistas quando nos chegamos la no incio de Novembro de 1975.

SALVADOR
Foram 4 anos de prazer e alegria em Salvador. Boa companhia do Angelo Batista e Maria Luis, Sergio Trino e Lourdes, Jose Luis Pocas e Fernanda Benites, Jorge Lampiao e Maria Jose Benites, Carlos Varela e Ana Maria e mais tarde a Maria Joao Couto Pereira. O clima era bom, o povo super generoso e amigo de criancas como nunca vi igual, a praia de agua quentinha e cheia de vendedores de cerveja, sorvete, espetinho de carne, agua de coco e os famosos acarajes.                     (espaco deixado em branco de proposito para que alguem prestigie o esforco do Grave e do Luis Mourao em criar esta ferramenta e entre neste espaco e acrescente a receita e uma descricao do que eh um acaraje). Falando em comida nao pudemos esquecer o Bobo de Camarao e a Moqueca de Siri Mole. Yami!!!!


Salvador em 1975 nao tem nada a ver com a cidade que hoje existe pelo que eu tenho visto por fotografias ja que a ultima vez que estive la foi em 1984. O governo aprovou a construcao de um enorme polo petroquimico e tecnicos principalmente de Sao Paulo e Rio de Janeiro invadiram a cidade. Era digno de ver a cara de repugnancia das madames Paulistas quando iam as feiras de rua comprar frutas, verduras e peixe! As feiras de rua de Sao Paulo sao espetaculares. Uma variedade, quantidade e qualidade melhor do que qualquer super-mercado. Em compensacao na Bahia as frutas e verduras eram do pior e entao o peixe tinha enxames de moscas pousadas em cima! Em poucos meses encontramos a solucao. Um pescador idoso que saia de madrugada na sua jangada para pescar na praia da Pituba, voltava no inicio da tarde e acampava no passeio em frente a uma pequena lojita para vender a pescaria do dia. Usava a balanca da loja para pesar o peixe.

Outro facto interessante eram as nossa excursoes a Praia do Forte a uns 40 kilometros Norte de Salvador. Hoje existem la hoteis da melhor qualidade e auto-estrada de acesso. Nesse tempo, os ultimos kilometros eram em estrada de terra batida e travessia de um rio numa balsa onde cabiam dois carros de cada vez. A balsa era puxado de um lado para o outro com o auxilio de uma corda havendo um homem na balsa que ajudava a manter a rota da empurrando um pau contro o fundo do rio. Depois de chuvas mais fortes a balsa nao funcionava porque a correntesa do rio era muito forte para o homen do pau!

Temos tambem boas recordacoes dos ralis (de contas) em que participamos. Principalmente do ultimo em que dados os bons resultados que tinhamos conseguido nos ralis anteriores fomos tratados como principes pela Fiat. Foi o ano do lancamento da Fiat no Brasil e quando falamos com a concessionaria da Bahia pedindo que nos emprestassem tres carros (Fiat 147) para participarmos como um team, eles nos surpreenderam dizendo que so concordavam se o gerente participasse tambem da nossa equipa com um quarto carro. Sexta-feira a tarde fomos todos (Lampiao, eu, Angelo, Pocas, Varela e um outro amigo brasileiro), mais o carro do gerente a caminho de Ilheus, Sul da Bahia. Ficamos com tres dos cinco primeiros premios do rali! Os da concessionaria nao cabiam em si de satisfacao. Como parte da negociacao da nossa participacao no rali eles ja tinham concordado em pagar a passagem de aviao para as nossa esposas para Ilheus no Sabado. Foi a maior festa, tudo pago pela Fiat. Mas eles tambem se sairam bem. No dia seguinte havia uma pagina inteira do jornal de Salvador com fotografias dos nossos (deles) carros elogiando a excelente performance da nova marca de carro sendo lancada no Brasil.

Mas tudo o que eh bom tambem termina, e em 1979 a empresa onde trabalhava transferiu-me para Sao Paulo. Nessa ocasiao ja tinhamos um filho bahiano, Felipe, os Batistas tinham um segundo miudo, Pedro Bruno e os Varela tambem tinham um rapagao, o Carlitos. Bem que dizem que na Bahia so da "cabra macho"!
Morais Cunha

Equipa de Basquetebol do CDUA

Alé, filhos do fernado da classe ancha do touquim do pregal dos mangoles!

Ora bolas, pensei que estava no meu blogue do minderico ( minderico2010.blogspot.com) e assim tenho que traduzir:

Olá amigos da Universidade de Angola!

Preciso de uma ajudazinha para me ajudarem a identificar esta equipa de basquetebol do CDUA onde eu joguei.

Em pé e da esquerda para a direita:

1 -  Jorge Teixeira "Cagi 2" - Civil
2 - Múrias - Medicina
3 - Raul Silva "Koksis "- Medicina -  morto na Nitada
4 - 
5 - Victor Cruz "Kinshasa" - Electrotécnica
6- Jorge, o Grave - Mecânica 
7 - Seccionista de electrotécnica ???

Em baixo e da esquerda para a direita:

8 - Benina
9 - Carlos Teixeira - "Cagi-1" - Civil 
10 -  Nelson
11 - Vidigal
12 -  ??? 

Muito obrigado pela ajuda que me possam dar.


Jorge, o Grave

2.ª crónica do "revolucionário" M.Cabral - 1977

Estimados Amigos, não foi pelo repto do "UNKNOWN", ao qual eu me recusaria a responder, por não ter a coragem de se identificar, além das incoerências nas afirmações que fez, em relação ao Jorge Grave, que também não mais escreveu, pois é um direito que lhe assiste, tanto mais, que muitos mais poderiam escrever e ainda não o fizeram!!!..
Mas devido ao repto do Mourão e à promessa que fiz, que continuaria, aqui vai, a prosa possível, sem os "estrangeirismos" do L. Mourão:

Antes de Maio de 1977,fui ao serviço da Sorefame a Santo António do Zaire (Sazaire), onde o domínio era, como é lógico da FNLA. O navio de cabotagem - transporte de passageiros KALUA, carregava milhares de refugiados que fugiam de Luanda, para as suas terras de origem, face a uma perseguição que infelizmente era uma realidade, nos musseques onde habitavam. Era quase uma “caça” ao homem.
Quando cheguei de avião (um Dakota), não havia sinais de MPLA, mas somente FNLA. O chão estava impregnado de cápsulas de balas! E eu inconscientemente com o meu cartão de membro do MPLA! Mais uma vez sobrevivi, graças a um anjo da guarda que me protegia!...


No dia 27 de Maio de 1977, deu-se o famoso e fracassado ”golpe Nito Alves”. Neste dia Angola ficou mais pobre de quadros, pois o assassinato de parte a parte foi uma verdadeira carnificina, tendo morrido entre outros, o Nito Alves, a Sita Vales, O Saidi Mingas, o Aires Machado (Minerva), entre muitos outros.

Eu como estrangeiro, lá fui sem saber de nada, do que se passou durante a madrugada, trabalhar para a Sorefame na Ilha de Luanda…. A vida continuou, sem grandes sobressaltos, pois a revolta (golpe de estado) foi esmagada, graças aos cubanos e russos???...

Em Agosto de 1977, embarquei na UTA, em 1.ª classe numa viagem, paga em kwanzas, rumo a Lisboa, com escalas em Libreville e em Paris – Charles de Gaulle – Orly. Depois de Lisboa, rumei a Amsterdão e depois a Londres, onde fiquei no mesmo hotel de 1973 ( WEST CENTRE HOTEL).

Após trânsito por Lisboa, rumei ao Rio de Janeiro e São Paulo, após escala no Recife. Viajei, na VARIG, na VASP e na CRUZEIRO, sempre em 1.ª classe, quando havia…

Em São Paulo reencontrei o Brito Cardoso e a mulher e vi a sua 1.ª filha, Magda. Também nos juntámos ao Dâmaso e ao Mourão, residentes, na célebre Rua Augusta, já falada.

No RIO DE JANEIRO, estive em casa do irmão do Jorge Grave, o “saudoso” José, que foi um cicerone e anfitrião impecável, com toda a sua família.

Estava eu na Av. Rio Branco, 16 de Agosto de 1977, quando se soube da notícia da morte do “rei”, Elvis Presley. Datas e momentos, que ficaram na memória…..

Regressei a Luanda, após passagem mais pacífica, pela Cova da Piedade, onde residiam os meus pais, que insistiam para eu regressar, são e salvo….

A 3.ª crónica envolve uma história verídica, em que um alemão, da fazenda MUINGE, perto do Calulo, perdeu a mulher e o filho mais novo, num assassinato, que ficou registado na revista alemã STERN e que também teve cobertura da televisão alemã!!! (isto antes da "morte" do camarada Agostinho Neto).
Um abraço e até à proxima crónica.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ÓIA NÓIS AQUI! - Luís Mourão&Martinho Ramos

Lembrança da nossa viagem ao Algarve e a Ayamonte, em Agosto de 1973!

Na primeira foto poderão recordar "Dom Serenão de las Cuevas", Vítor Cardoso, "Velho e Safo Batista", e "Dom Martinhóstomo"!

Foi uma viagem atribulada, já que em Ayamonte esquecemos a chave dentro do carro (alugado), e depois de salgarmos a bunda em Portimão (Praia da Rocha), quando já íamos a caminho de Lisboa, quebrou o vidro da frente do carro, e tivemos que fazer a viagem sem vidro!



Não resisto a enviar-vos mais esta foto, em que poderão constactar a beleza das nossas pernocas, em poses debochadas!

Estão vendo, Batista e Sereno? Vocês não vão pensar que escaparam, vocês fazem parte da famosa "gang" dos "Balança-Mas-Não-Cai", e sempre vão fazer!

E espero que, quando eu vos reencontrar, vocês me recebam, o Batista com a sua risada amiga, e o Sereno com uma bengalada na cabeça!

Eu sei que vocês vão estar me esperando, aguardem só um pouco mais!

Nota
Estas fotos são do arquivo do nosso irmão, e querido amigo, Martinhóstomo!

Devagar e Sempre

LM

domingo, 15 de agosto de 2010

1973-2010

Caros Amigos, após quase 37 anos da viagem de fim de curso, voltei a reencontrar o Ismael Andrade, de electrotecnia. Rapaz muito pacato (fruto dos 5 anos dos Maristas), após o que foi para o Salvador Correia, no 6.º ano e 7.º (parcialmente). É o 2.º na hierarquia do controle-gestão das barragens do Douro (13) e do norte. Quando quiserem fazer uma visita a uma das barragens telefonem-lhe, pois vale a pena. Ele está sediado no Centro de Produção da Régua (barragem de Bagaúste). Eu já visitei a barragem da Bemposta, perto de Miranda do Douro, que é espectacular, mas segundo ele a maior em energia produzida é a do Alto Lindoso, no Minho, distrito de Braga.
Ele já ficou com o blog inserido nos favoritos.
O contacto dele é:962 408 047. Ismael tenta recuperar outros antigos colegas! Um grande abraço a todos!
Escrevam também no nosso blog ou pelo menos coloquem fotos! Manuel Cabral.

Saudades da Bahia - Homenagem ao Morais Cunha

Ao som da música intemporal, e linda, de Toquinho, e Vinícius de Moraes, "Tarde em Itapoã":

É bom..., passar uma tarde em Itapoã...
Ao sol que arde, em Itapoã...

Voltar de Itapoã, e comer um vatapá, ou uma moqueca de siri mole, na varanda do Mercado Modelo, em Salvador...

Quando terminaram as minhas férias, eu estava no "ponto" esperando o ônibus para o aeroporto, em cima da hora (são quase 30 kms), quando um carro parou, e o cidadão me falou que, naquele dia não passava ônibus.

- E agora?

- Agora nada! Sobe aí que eu te deixo no aeroporto!

Eu, meio desconfiado, lá entrei no carro, e o cara me deixou no aeroporto.

- Quanto devo?

- Nada não, hoje fui eu, amanhã você faz o mesmo por mim!

Maravilhoso povo baiano!

Obrigado, meu amigo desconhecido, nunca vou esquecer!

Olhando o mar, em Itapoã
Falar de amor, em Itapoã..!!

Enxuga a lágrima no canto do olho, rapaz Morais Cunha!

Homem, que é homem, não chora!!

Devagar e Sempre

Luís Mourão

Gandulos da Foto - Homenagem ao Querido Martinhóstomo

Martinho!

Quanta saudade!

Obrigado por teres publicado essa foto!

Não vejo a hora de te abraçar, e de comer a famosa cachupa que tú prometeste!

Abraço de Tiranossauro!

Devagar e Sempre

Luís Mourão

Martinho Ramos

Um dia, em finais de Julho de 1973, o grupo dos 5 gandulos da foto efectuou um raid `a FdF4F-P (por causa das duvidas: feira dos fardos 4a. feira, Prenda). No fim da operacao, o comandante (ve-se logo, e' o marmanjo que esta' sentado) recruta um fotografo que tinha o seu estamine' na propria FdF e eterniza o momento. Para quem reconhece o grupo, da esquerda para a direita: Lucio Miranda, Damaso Lopes, Carlos Tavares, Luis Mourao e Martinho Ramos).

sábado, 14 de agosto de 2010

Resposta ao Morais Cunha e Agradecimento ao Ângelo Batista, e Maria Luís

Rapaz Morais Cunha!

Muito legal! Afinal, temos dois "escritores" concorrendo ao Nobel de Literatura!

Eu nunca vivi na Bahia, mas passei um mês de férias em Salvador, cidade que eu não via a hora de conhecer, mas que já  "conhecia" dos livros do Jorge Amado (li todos), principalmente o famoso "Quincas Berro D' Água!

Lá me encontrei com o Ângelo Batista, a Maria Luís, e o Lampião.

Quero agradecer ao Ângelo Batista, e á Maria Luís, a gentileza com que me receberam, e me levaram a assistir a um espetáculo de folclore (não lembro onde)!

O Sérgio Trino não cheguei a encontrar.

Lembro um dia que quis visitar Itaparica, mas entrei no barco errado, e fui parar a Salinas, após quase duas horas de viagem! Nessa ilha, perdida nos confins, fiquei o tempo todo conversando com um velhinho, que me mostrou tudo que tinha pra mostrar, principalmente os engenhos de açúcar antigos, e que me contou histórias de encantar!

Até que peguei de novo o barco, e voltei pra Salvador (nunca cheguei a conhecer Itaparica)!

Valeu, Morais Cunha! Continua a tua "saga"!!

Abração de Tiranossauro

Devagar e Sempre

LM

Morais Cunha

Caros amigos,
Por insistencia do Luis Mourao aqui estou tambem falando, ou antes escrevendo, para todos voces.
Primeiro um pequeno sumario do que foi a nossa vida depois da formutara em engenharia mecanica:
- 38 anos atras, no longinquo ano de 1972, e logo depois da viagem de fim de curso com varios de voces, comecei a trabalhar para a Cabinda Gulf na area de producao de petroleo. O Zequinha Frazao Pereira e o Mangueira seguiram os meus passos no ano seguinte. Ja trabalhava la desde alguns anos atras a Gracinha, futura esposa do Zequinha. Tambem estagiou e creio que trabalhou la o Martinho Ramos que devo confessar nao me recordava, ate que ele me mandou um mail lembrando-me do facto.
- Em 1973 casei-me com a Teresa Gomes que tinha andadao um ano em Medicina e depois se formou em Biologia
- Em 1974 sai de licenca da Cabinda Golf para a contra-gosto servir no Exercito Portugues. Durante a recruta em Nova Lisboa fizemos greve (coisa nunca vista) porque como Angolanos nao queriamos servir no Exercito Portugues! Nao queriamos era estar na tropa fosse la qual fosse, essa eh que era a verdade!
- Em fevereiro de 1975 retornei a Cabinda Gulf de onde me demiti em Agosto do mesmo ano para ir para o Brasil.
- Chegamos ao Rio de Janeiro a 7 de Setembro e ficamos la por uma semana tentando encontrar emprego e vendo os poucos dolares que tinhamos desaparecerem a alta velocidade. Por sorte tinha o telefone de uns tios que viviam em Sao Paulo e que tinham imigrado de Portugal para la 20-30 anos atras. Imediatamente insistiram que fossemos para casa deles e ai fomos nos, a Teresa, eu e a minha mae para o bairro do Tatuape na zona Leste de Sao Paulo.
- Depois de quase 2 meses de sair quase diariamente de autocarro ate ao centro ou Sul da cidade respondendo a anuncios, com um frio que nao estava habituado e em transportes publicos abarrotados, consegui uma oferta para ir para Salvador na Bahia, trabalhar na Dow Quimica do Brasil.
- No dia 1 de Novembro de 1975 la fui eu e a Teresa para, nas palavras dos meus tios, "a terra dos jaguncos e dos coroneis".  Na ocasiao estava a passar no Brasil a novela "A Escrava Isaura" passado no estado da Bahia. Chegamos a noite ao aeroporto de Salvador que estava em obras, pegamos um taxi fusquinhae no caminho para o hotel, passando por Itapoan, vimos varios dos tais jaguncos, montados em mulas e com facoes enormes na cintura e pensamos "Onde nos viemos meter!!!!!". So depois de alguns dias na cidade percebemos que os tais jaguncos nao eram mais do que vendedores de coco. O facao eles usam para tirar a casca do coco verde para servir a deliciosa agua de coco e coco fresco!
- Em Salvadorja vivia o Angelo Batista de civil, casado com a Maria Luis, tambem de civil e o filhito Ricardo - Quico, de um ano de idade. Convidaram-nos para ficar no apartamento deles no condominio Julio Cesar, onde nas semanas seguintes ficou tambem o Jorge Lampeao, casado com a Maria Jose Benitesde civil e algumas semanas depois o Carlos Varela, de cicil, casado com a Ana Maria Varela de matematica. De notar que o apartamento tinha tres quartos que foram utilisados pelos tres primeiros casais a chegarem e sobrou o quarto de empregada para o Varela e a Ana. Cada casal comprou um colchao e compartilhavamos uma mesa de formica com banquinhos, uma televisao preto e branco e um velho Chevette cor de laranja, do Angelo. Passamos alguns meses juntos e felizes com a companhia desses velhos amigos de Luanda. Obrigado Angelo pela hospitalidade.
- Nos meses seguintes nos alugamos um outro apartamento no mesmo predio e no mesmo andar onde passamos a viver junto com a minha mae. O nosso lugar no apartamento do Angelo foi ocupado pelo Jose Luis Pocas, tambem de civil, casado com a Fernanda Benites de quimica. Nos meses seguintes, quando cada um de nos ja se sentia "rico", fomos alugando cada um o seu proprio apartamento. Poucos mesesdepois tambem emigraram para Salvador o Sergio Trino, mecanica, casado com a Maria de Lourdes Botelho de quimica.
Todos os fins de semana nos encontravamos para ir a praia, almocar e ou jantar juntos. Foram tempos de que temos otimas recordacoes dos amigos, da cidade e do extremamente simpatico povo baiano.

A historia continua no proximo episodio.

Americo Morais Cunha

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

DEZ 1968 - EGUA

RECORDAR é VIVER, mais, melhor e não esquecer os AMIGOS e
ex-comanheiros de luta. Junto o selo, cujo original pertence sem qualquer
dúvida ao amigo MARTINHO (já vão ser comemorados 42 anos, desde
a nossa caminhada, para a obtenção do tão desejado canudo!!).
Homenagem a todos os colegas da fornada de 1968, com um abraço a todos
os de "antes" e "depois". Mendes Cabral.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

SEGUIDORES DO BLOG

Caros Amigos José Grave e Luis Mourão, acho muito estranho, que com mais de 470 vissitas em pouco mais de uma semana, só existam 4 seguidores e só 3 cronistas, o que não é animador para quem teve a ideia, a pôs em prática, inspirado nas traquinices do sempre insubstitível MOURÃO, que com toda a sua generosidade já falou em desistir e não mais escrever.
O mesmo penso eu, pois não é muito gratificante, para quem com tanto entusiasmo, disponibilidade e capacidade informática lançou mãos à obra, para utilização de todos. Desde já reitero o meu apoio ao JORGE, "O GRAVE", pela sua persistência e dou-lhe os mais reconhecidos PARABÉNS!!!
E um comentário final, acho que não é nehum "narcisismo", nem "protagonismo" dos três "escribas", que têm alimentado este blog! O VOSSO AMIGO - MANUEL CABRAL  

terça-feira, 10 de agosto de 2010

MISTÉRIO DA FOTO - Luís Mourão

Companheiros

Eu bem que podia ter apenas feito um "comentário" á ultima publicação do Grave, agora que domino completamente esse negócio de "blog", mas não seria suficiente e, mais que tudo, seria profundamente injusto.

O Grave pode até ser tudo o que vocês chamam pra ele (irreverente, kazukuteiro, ex-fora-da-lei, martelo-sem-cabo, peido-engarrafado, etc.), com o quê, eu absolutamente não concordo, haja visto que estou sempre defendendo ele, com risco até para a minha própria integridade física (se quiserem me bater, eu posso sempre me esconder atrás dele).

Agora, uma coisa ele sempre foi, e sempre será, UM GRANDE AMIGO, E UM VERDADEIRO IRMÃO NOSSO , e agora tem ainda mais uma faceta que eu desconhecia, É UM INFORMÁTICO DE MÃO CHEIA!!

Valeu, Jorge "O Grave", a tua amizade é um previlégio!!!

Slowly and Ever (pra dar um toque mais erudito)

LM

A história de uma foto

Corria o ano de 1973. Desta vez sem enganos. Num dos poisos da nossa viagem de fim de curso, ficamos no recentemente inaugurado hotel Ariston (não esquecer que tinham terminado os Jogos Olímpicos). Recebemos do governo alemão uns tantos marcolinos para os nossos gastos, visitamos a Fábrica de Motores da Baviera - Bayerische Motoren  Werke - BMW, onde almoçamos e onde nos surpreendeu a visita ao museu para vermos o BMW 1602 Schnitzer que o Remígio queria comprar, a mota de cilindros horizontais e um BMW de porta à frente, o Isetta, que era oferecido aos que atingiam uma certa média na formação universitária. Fomos também visitar o Estádio Olímpico, com aquela bela cobertura de acrílico.

Á esquerda a torre Olímpica, com o restaurante rotativo e ao fundo a fábrica da BMW


Chegamos de metro e eu comprei os bilhetes de todos, um décimo do que deveria ser e se viesse o trinca era a mim que se dirigia, se aparecesse antes de chegarmos ao "nächstststationolimpiacentrum". No dia seguinte fomos ao museu da tecnologia de Munique, que ficava numa ilha e para os mais esquecidos deixo-vos o papel que nos deram à entrada. Ah, pois é, já lá vão 37 anos e ainda o tenho guardado!





















Numa das noites, no centro de Munique fomos à fábrica da cerveja Hofbrauhaus, que tem um restaurante para mais de mil pessoas, fundado em 1589 , destruido durante a guerra e reconstruído em 1958, com bancos e mesas de madeira corridos.

Ficamos todos numa mesa e as gigantes mulheres da Baviera em cada mão seguravam uma stein de um litro de cerveja (aquilo era quase só espuma...) e atiravam-nas mesa abaixo e cada um tinha que a apanhar a meio caminho. A orquestra, de tipos de suspensórios, meias brancas até ao joelho, calçanitos e muito acordeon, embalou-nos até à quinta stein, entermeadas com umas "kartoffels und wurst" para todos (só havia batatas com salsichas). Lembro-me de um de nós querer ir ao palco em frente aos músicos (eles actuavam num rectângulo rodeado por muros de madeira) para fazer uma dança típica de tocar com as mãos nos pés, cabeça, cotovelos etc, numa sequência que uma pessoa normal não conseguia quanto mais a quem já tinha umas stein na atafona ... Quando éramos convidados a beber de penalty, a orquestra tocava  e a malta TODA cantava: "Eins, zwei, ...g'suffa!"  E era o bota abaixo! Ver o video do YouTube anexo a este blogue


Num dos dias sem actividades oficiais programadas, o nosso próximo homenageado tirou esta foto com história pois alugaram um fuscas para se deslocarem às terras do tirol, mais própriamente a Innsbruck.
 No carro, além do fotógrafo Joaquim Coelho da Graça, foram o António Mangueira, o saudoso José Baptista, o Manuel Remígio (que religiosamente guarda o original e peça única) e o Luís Mourão.
Penso que a foto foi tirada depois de verem as grandes mulheres do Tirol, tipo 4x4 e, ficaram tão excitados que tiveram que se esconder por trás do carochinha.

Este é o mistério da foto.

Jorge, "o Grave"



segunda-feira, 9 de agosto de 2010

A homenagem ao José Mendes




Como dizem em Terras de Vera Cruz, foi bacana.
Não via o Mendes e o Bastos e o Remígio (ou é Remígeo?) vai para 40 anos e essa emoção ninguém me consegue tirar.







Uma coisa me deixa muito preocupado: Como é que um gajo consegue não gostar de vinho, beber seis copos, e só ao fim achar a cerveja estranha porque não tinha espuma?
Como é que as pessoas com tanta lagosta e gambas pela frente, passavam os pratos todos para mim?
Razão tem o Beto, que ainda estou em crescimento!! ... Bem hajam, como diz o Ruca!
Deixo aqui uma foto em que estamos inteiros ... eheheheheheheheh
Para mais fotos desta homenagem, vão a http://belograve.spaces.live.com/

Já falta pouco para a próxima, ver o Graça e o Maneco, quatro décadas volvidas!

Um abraço

Jorge, "o Grave"

2.ª crónica das minhas aventuras em Angola

Eu, tendo nacionalidade portuguesa, tive o meu contrato de trabalho na Sorefame, assinado pelo ministro das finanças, Saidi Mingas (recebia em cheques do Chase Manhathan Bank).


Corria o ano de 1976, fui em serviço ao Cafunfo (terra mais rica dos diamantes), com o objectivo de dar início, através da verificação no terreno, da construção de uns reservatórios para a Móbil, com as virolas do mesmo já depositadas no local, num avião da Diamang, em que seguiam viagem o ministro do trabalho do governo de coligação, na altura, o David Aires Machado (Minerva), do MPLA e o major Mariz Fernandes, em representação do MFA.

Aterrámos, após um intenso combate, havido umas horas antes, entre MPLA/FNLA, com a UNITA, que foi corrida, para sul… Almoçámos com o comandante Figueira, que nos relatou os factos, com o ambiente extremamente tenso!

Claro que regressámos a Luanda, sãos e salvos sem eu ter visto quaisquer virolas…..

Mais tarde, no relato que farei em 1977 (4.ª crónica), contarei o que soube do 27 de Maio de 1977 e que culminou com a morte do Nito Alves, Sita Valles, Saidi Mingas, Aires Machado e muitos outros quadros do futuro de Angola!!

A 3.ª crónica, será da minha viagem em serviço a Santo Ant.º do Zaire….

Um abraço para todos. Cabral.

domingo, 8 de agosto de 2010

ENIGMA

Seus safados, kazukuteiros sem vergonha!|

Não pensem que me enganam, eu estou vendo as "visitas" aumentarem (já vai em 263), e são sempre os mesmos a escrever (03)!!

Qual é, meus? Tão com vergonha de escrever?

Eu que era um ignorante juramentado em termos de "blog", já tou botando faladura, imaginem vocês, tudo com "PhD" em informática, que é que custa?

Vai, se animem, e falem alguma coisa! Nem que seja "abobrinha", mas falem!!!!!

Abração

Luís Mourão

Foto dos 10 convivas de 7ago2010

Foto do conjunto de participantes, tirada com a máquina do Raul - Um abraço a todos os presentes e ausentes - Cabral

sábado, 7 de agosto de 2010

almoço no TOSCANO - 7 ago 2010

Amigos, faltaram nesta foto o Mourão e o Moreira, que não sei onde se meteram!!!
A reportagem profissional do Raul e do Grave, apresentarão todos os convivas.
Obrigados por mais este encontro de homenagem ao José MENDES e deste bom convívio
e finalmente as boas vindas ao Manuel Remígio, que já não via há 36 anos. Um abraço - Cabral

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A Garraiada e a Casa dos Rapazes

Casa dos Rapazes do Huambo











Em 1970 organizamos uma garraiada e digo "organizamos" porque entramos também eu e o meu falecido irmão, o José Grave, de Civil. Já nem me lembro quem eram os outros.
Sei que o dinheiro era para dividir por uma catrefa de "organizações", parte para a nossa viagem de fim de curso e também uma parte era para as "Casas dos Rapazes" espalhadas por Angola.



Fiz os cartazes  e até plagiei no desenho central um boneco do Asterix, aprendi no Colégio de Nun'Álvares, em Tomar que todos os participantes deveriam ser tratados por "el" associado a uma alcunha ou a algo de que eles não gostasse, planeamos os números, fiz a minha roupa de sacos e vesti-me a preceito para a grande festa.


Vista do 7º andar ao fundo o futuro hotel Presidente
Eu e meu irmão mais velho Zé viemos do CNA - Tomar para Angola, eu para os Estudos Gerais Universitários de Angola  (EGUA) e ele para o Liceu Salvador Correia. Na viagem, no belo Principe Perfeito, depois da escala na Madeira, subia cada vez mais alto para mergulhar na piscina , cada vez mais pequena e, tantas vezes vai o cântaro à fonte que numa das vezes lá deixei uma asa: - Esmaguei o pulso da mão direita quando caí metade dentro e metade fora da piscina. O 1º ano foi-se!!!
Os meus pais andavam a povoar Angola, na Junta Provincial de Povoamento e os 3 mil escudos mensais não dava para ter galifões a estudar e à boa vida. Fui professor do curso nocturno no Liceu Paulo Dias de Novais, estudava de dia e morava no" prédio  das putas" no 7ºB da rua Direita, ao pé do Matadouro, um T0 para os 3 irmãos, decorado pelo meu pai com canos da água e cortinados. Eu era o cozinheiro, onde nunca faltava um caldeirão de sopa de entulho,prática corrente com os meus tios da Serra de Santo António que os meus vizinhos do 7ºA, os Diamangs, os Canhões Velosos, o Fláu, o Márocas, o Bastos, muitas vezes iam petiscar.
A Garraiada foi um sucesso, como comprovam as fotos.  Em quase todas aparece uma avantesma de colete preto, destemido, de quem muito se esperava no mundo taurino mas que acabou se contentar só com um mísero curso de engenharia mecânica. Ele é "el Tavares"!


Cortesias








O Governo Provincial não permitia fins lucrativos e cumprimos todos estes requisitos.
Uma pequena  fatia da maquia ficou na casa dos 3 rapazes do 7º B.

Jorge, "o Grave"








A arte tauromática do Tavares