quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A minha viagem à Islândia

Aproveitando a boleia da Selecção Nacional, desloquei-me no avião da SATA com mais 222 sofredores ao país do gelo e do fogo, no Círculo Polar Ártico, onde as auroras boreais são um espectáculo raro em Outubro, tão raro que não consegui ver por estar nevoeiro ...
Para quem ia com medo do frio foi uma surpresa ter que andar sempre sem agasalhos. Dois dias foram muito e dois dias foram muito pouco para poder admirar tudo. A vida está na capital Reykjavik (que significa baía fumegante) e tudo o resto é paisagem para turista ver, indústria que já rivaliza com a da pesca, outrora mais de 50% do rendimento do país. Não há árvores, só mato rasteiuro e pedras negras, muitas montanhas negras, cinza e mais cinza, cinzento é a cor dominante. Não vi o branco dos glaciares, tapados pelo branco do nevoeiro, como aconteceu quando estive na base do Longjökull. Por isso os dois dias foram poucos.
O circuito dourado é imperdível, visitando a fábrica  que "oferece" a água quente roubada ao centro da terra com o bónus do constante cheiro  a ovos podres, as fumarolas ao longo de todo o caminho, os geisers como turbilhão de água quente jorrado a dezenas de metros de altura, como um trovão, a queda de água Gullfoss (gull= ouro, por isso o circuito é dourado), o glaciar (Jökull) Long, a visita a Pingvellir à sede da mais velha Assembleia Nacional Legislagitiva do mundo (ano de 930)  e que termina na Lagoa Azul, junto ao aeroporto internacional, pagando 33 € para um banho ilimitado, onde se não pode mergulhar a cabeça  para cheirar o aroma de ovos podres que vem das águas quentes sulfurosas do interior da terra.



O centro da cidade, rasteirinho, pode ser admirado dos 73 metros de altura da torre da catedral, qual nave espacial, com telhados e casas de todas as cores e feitios, numa policromia admirável.




Na comida, que saborosa perna de cordeiro islandês, cozinhado no forno e tenra como manteiga feita pela minha cunhada, islandesa de raíz. Admirei-me porque os islandeses não almoçam, as bebidas alcoólicas são caras, o IVA é 25% mas o Vodka, o cognac e o whisky são um must para o jantar realizado bem cedo.
Com um guia de conversação e um dicionário falei durante dois dias com a minha cunhada, que não sabe outra língua que não seja o islandês. É obra!!
Que povo educado e respeitador. Também não admira pois a letargia é de 99,9%!!
Cairam na Banca rota mas a vida é muito cara e não deixam sair a moeda para evitar a fuga generalizada do grande capital. A água quente , independente da fria, é uma benesse do centro da  terra e gastam "zero" no aquecimento, a troco do cheiro a ovos podres mas a pele fica muito macia. A água fria é das melhores que já provei. Todas as piscinas são de água quente, durante todo o ano.


Vai para 30 anos que o meu irmão lá mora, trabalha e vive bem, como fisioterapeuta e foi guia numa noite para apanharmos patos e coelhos com a ainda inexperiente cadela Lina. Não apanhamos nada mas, ... está no bom caminho!
As mulheres, amigo Mourão, estão muito vestidas e não deu para verificar bem os seus contornos  embora as carinhas larócas indiciem um dom princípio.
O futebol foi fraquinho, melhor o resultado, ou não estivesse na baliza do outro lado um bom frangueiro. Foi bom conviver com os jogadores e equipa técnica, com toda a "tranquilidade," como foi bom rever o meu amigo Dr. Jones. Mas eles, os islandeses, não ligam ao futebol pois o seu desporto rei é o handball.

Claro que trouxe um pouco de lava que há por lá até dar com um pau e um pouco das cinzas do EYJAFJALLAJÖKULL.

Valeu bem a pena!


Para verem a completa reportagem :
http://photos.live.com/

Jorge, o Grave

1 comentário:

  1. Fotografias espectaculares!!! Grande desportista e adepto-espectador e viajante do mundo! Parabéns e um abraço - Cabral

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